sexta-feira

SEITA, falsas aparições marianas, JACAREÍ - ANDRÉ SANTOS

Ondas de falsas aparições marianas
Nesta seção temos reproduzido aparições de Nossa Senhora, todas comprovadas e aprovadas pela Santa Igreja. Entretanto precisamos saber discernir as verdadeiras das pseudo-aparições.
Valdis Grinsteins
Tem havido casos, na bimilenar história da Igreja Católica, de falsas aparições da Santíssima Virgem que se acumulam umas sobre as outras, numa montanha impressionante de invenções e incoerências.
As guerras, com toda sua seqüência de mortes, fome, doenças, etc., criam muitas vezes um clima psicológico pelo qual todo refúgio aparentemente sobrenatural é considerado bem-vindo, sem a devida prudência. O mesmo acontece com outras tragédias. Por vezes, mesmo sem guerras nem tragédias, basta certas condições psicológicas se juntarem, e regiões inteiras ou setores consideráveis da população tornam-se propensos a acreditar qualquer coisa que pareça ter um selo divino. Dado o pecado original e a miséria humana, nesse ambiente psicológico excitado acontece às vezes que supostas aparições marianas começam a se produzir em série, umas cavalgando as outras, numa espécie de competição para ver quem diz o mais extravagante, mais sonoro, mais original. Muitas vezes o incoerente e estranho não é o que “diz” a Virgem, mas sim detalhes da forma, local, duração ou repetição das aparições.
Uma típica falsa aparição
Exemplifiquemos com três relatos extraídos do livro Enquête sur les apparitions de la Vierge, de Ives Chiron.
O primeiro se deu no final do século XIX. A França acabara de perder uma guerra para a Alemanha, e duas de suas províncias próximas à fronteira foram incorporadas ao recém-criado Império Alemão. Numa delas, na cidadezinha de Neubois, traumatizada pelos acontecimentos, quatro meninas de 7 a 11 anos disseram ter visto a Virgem no monte Frankenburg. Uma afirmou ter visto uma dama branca; outra, a mesma dama, mas com um soldado ao lado; as outras duas se referiram à dama com vários soldados. No depoimento de uma menina, a dama branca tinha na mão uma espada, e com ela golpeava os soldados; e estes, como por acaso, usavam o capacete pontiagudo característico do exército alemão; depois a dama avançou rumo à menina, que saiu correndo espantada. Dias depois, outras duas meninas disseram ter visto uma dama avançando rumo a elas, que fugiram espavoridas.
Nos cinco anos seguintes, multiplicaram-se em ritmo crescente os relatos de diversas aparições deste gênero, todas em localidades muito próximas. 48 crianças, 8 adolescentes e 31 homens ou mulheres de Neubois afirmaram ter visto a dama. Além deles, outras 60 pessoas da vizinhança disseram o mesmo. Uma delas chegou a dizer que viu a aparição 153 vezes! Nada menos que 147 pessoas alegaram tê-la visto. Para complicar a situação, as novas autoridades alemãs eram claramente anticatólicas, chegando a proibir a ida ao monte Frankenburg. O bispo local se viu obrigado a prodígios de diplomacia para não parecer favorável aos anticatólicos, mas ao mesmo tempo não acreditava em aparições claramente contraditórias e nada verossímeis. Não podendo ele mesmo condenar as aparições por meio de uma comissão regular, o fez através de condenações lançadas pelos párocos locais.
Como toda mentira, as aparições cansam e se desinflam sozinhas. Bem ao contrário das verdadeiras aparições mariais, que, com o tempo, atraem cada vez mais pessoas. As falsas suscitam a curiosidade no momento, depois as pessoas se desinteressam com a mesma velocidade com que se interessaram. No final restou um núcleo mínimo de “crentes”, cujos descendentes até hoje defendem as supostas aparições.
A pseudo-aparição de Ezquioga
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Outro exemplo do mesmo teor foram as aparições de Ezquioga, na Espanha, no século XX. O país tinha vivido a queda da monarquia em abril de 1931 e a vitória eleitoral da esquerda em 28 de junho, e já no dia 30 de junho se deu a primeira pseudo-aparição. A vitória da esquerda prometia a perseguição violenta à Igreja, que de fato veio com milhares de mártires, dos quais centenas foram canonizados ou beatificados. Nesse ambiente de perseguição iminente, começaram as supostas aparições a pulular.
Primeiro foram duas crianças de 11 e 7 anos, que disseram ter visto a Virgem sobre uma árvore. Afirmaram tê-la visto quatro dias seguidos, sendo que no último compareceram cerca de 500 pessoas ao local da aparição. Aqui começam a se multiplicar os videntes, que chegaram a ser em torno de 150, todos de localidades muito próximas. Nesse ambiente exaltado não faltou uma suposta estigmatizada, que se revelaria falsa. As mensagens eram todas do gênero “vem um grande castigo”, às quais se misturavam revelações mais concretas, tipo “tal cidade será destruída pela guerra”.
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Para a autoridade religiosa local, o mesmo problema. Os comunistas tinham exilado o bispo, que morava na França perto de sua diocese. Não acreditava nas aparições, mas ao mesmo tempo não queria parecer um aliado dos comunistas, que por princípio negam todo o mundo sobrenatural. Com firmeza e delicadeza ele tomou medidas, interrogou os supostos videntes, analisou os fatos. Ao final, diante dos disparates e contradições evidentes, pediu a todos os visionários que se retratassem. Estes se negaram, por isso o dossiê foi enviado a Roma. Em 1934 Roma condenou as supostas aparições.


Discernir o que é falso e o verdadeiro

Um problema geralmente se põe para o católico diante desse tipo de pseudo-aparições, e é o mesmo que tinham os bispos concernidos nos casos relatados. Por um lado, não devem eles colaborar com os ateus e outros que 
a priori negam a possibilidade de aparições, de que venha um castigo pelos pecados dos homens, e que há muita necessidade de mais oração e mais penitência. Mas o católico não pode também acreditar em aparições nas quais carecem o bom senso, a coerência, uma finalidade clara, e em que se apresentam bizarros personagens em busca de notoriedade.Não pensemos que este tipo de fatos só acontecia antigamente, e que hoje, com a televisão, a internet e demais avanços técnicos eles não existem. Pelo contrário, num ambiente de confusão religiosa e de crise na Igreja eles se multiplicam. Por exemplo, tomemos uma série de aparições na Irlanda em 1985. Começou com uma “aparição” da Virgem a uma menina de 17 anos em Melleray. Três dias depois, duas crianças de 11 e 12 anos disseram tê-la visto. Em seguida o mesmo padrão se repetiu e se multiplicaram os videntes. Em numerosas localidades alegou-se aparição similar, todas perto uma da outra. São mensagens diversas, mas sempre do mesmo gênero “virá um grande castigo”. O bispo local, se bem que ainda não tenha condenado oficialmente as aparições, tem advertido o povo a respeito delas.
Num momento assim, mais do que nunca, devemos pedir a Nossa Senhora a virtude da prudência, pela qual saibamos navegar entre esses dois erros que podem afetar seriamente nossa vida espiritual. Peçamos a Ela o discernimento necessário para não darmos argumentos a nenhum dos dois lados, mantendo a firmeza doutrinária que deve caracterizar todo católico. E sempre podemos repetir, àqueles que nos incitam a tomar uma posição imediata e precipitada diante dos fatos, que faremos como sempre fizeram os bons católicos, ou seja, esperar com confiança e paciência o juízo da Igreja, Mestra de Sabedoria. Ela sempre saberá indicar para seus filhos o caminho correto rumo ao Céu.
É preciso por fim considerar que as falsas aparições muitas vezes visam criar um clima de descrédito que prejudique as verdadeiras. Assim, aparições evidentemente verdadeiras, como as de Fátima, Lourdes, La Salette, da Medalha Milagrosa, podem ficar atingidas por um clima “aparicionista” despropositado.
NOTA
http://catolicismo.com.br/materia/materia.cfm?IDmat=FFFE7B0E-3048-313C-2E3D0E08141ED2AE&mes=Novembro2007




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